quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A mentira.


A mentira atravessa violenta a minha ingenuidade indefesa como a chuva torrencial, rasga as cartas de amor imaginárias que nunca te escrevi.
A mentira arruinou todo o meu futuro, desenhado num vidro embaciado a minha alma estava hipotecada na ilusão de um fá em dó menor cantado com voz rouca.
A mentira deixou o sonho ganhar asas e subiu ao céu, quando lá chegou do alto do azul infinito viu a verdade e então compreendeu, que não sabia voar.
A mentira tem asas de cera que derretem com o sol.
A mentira me deixa a suspirar pelo passado com um medo eterno do futuro, sem ti e sem a mentira
a vida afunda-se no fio de uma navalha.

Carol - Arquivo do blog